Uma investigação da Divisão de Homicídios e de
Proteção à Pessoa (DHPP) descobriu que uma mãe, seus dois filhos e o irmão da
vítima são suspeitos pela morte de um homem que recebeu R$ 104,50 para comprar
camarão. Giselda Ferreira da Rocha, 58 anos; seus filhos Leonardo da Rocha
Francisco, 32 anos e Leonilson da Rocha Francisco, 33 anos e o irmão da vítima
Alexandre Pereira da Silva, 34 anos são apontados como autores da morte de
Nagib Pereira da Silva, morto no dia 24 de fevereiro, no Paço da Pátria, zona
Leste de Natal. Os quatro suspeitos foram presos na última sexta-feira (24).
Nagib foi morto no dia 24 de fevereiro deste ano, após
ter sido atingido por disparos de arma de fogo disparados por dois homens. A
Polícia Civil descobriu que Giselda decidiu encomendar a compra de 5 quilos de
camarão a Nagib, pelo preço de R$ 20,00 o quilo. Tal valor abaixo do preço
praticado do mercado, era porque Nagib poderia comprar o camarão que era
vendido por um vigia de um viveiro. No dia 22 de fevereiro (quarta-feira),
Giselda foi até o Paço da Pátria e entregou o valor de R$ 104,50 para que Nagib
efetuasse a compra. Ele deveria usar R$ 100 para comprar o camarão e R$ 4,50
para comprar óleo que seria usado para fazer a travessia até o viveiro. Na
ocasião, ela chegou a ser advertida sobre os vícios dele com as drogas e que o
dinheiro poderia não ser usado para a compra do camarão.
No dia 23 de fevereiro (quinta-feira), Giselda foi
buscar a encomenda e dirigiu-se até a casa da mãe de Nagib, a qual informou que
o filho teria usado o dinheiro com as drogas. Inconformada com a situação,
Giselda começou a fazer ameaças para a mãe da vítima, informando que tinha um
filho policial. Durante interrogatório na Polícia, Giselda confirmou que mentiu
sobre a existência de um filho policial. A mãe da vítima, com medo das ameaças
ofereceu entregar R$100 para quitar a dívida do filho.
Tal ato não foi aceito
por Giselda.
Na noite do dia seguinte, 24 de fevereiro
(sexta-feira), Nagib foi assassinado. A DHPP descobriu que Giselda mandou os
dois filhos, Leonardo e Leonilson, executarem a vítima. No dia do crime, o
irmão da vítima, indicou o local exato onde Nagib estava.
Os quatro foram
autuados por homicídio qualificado, Giselda na condição de mandante, os dois
filhos como executores e Alexandre Pereira como partícipe do assassinato.
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