Após várias tentativas, o plenário da Câmara
rejeitou na noite de ontem, por 238 a 205 votos, a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) que mudaria o atual sistema eleitoral para o distritão, no
qual seriam eleitos os que obtivessem mais votos, independentemente de alianças
partidárias, favorecendo os políticos mais conhecidos. Por ser PEC, eram
necessários votos favoráveis de dois terços dos deputados, ou seja: 308.
A derrota do distritão aconteceu a apenas três
semanas do fim do prazo limite para que as mudanças pudessem valer nas eleições
de 2018. O sistema era defendido por partidos como PMDB, DEM, PP e PSD e
rejeitado por legendas como PT, PR e PRB, esses dois últimos donos de bancadas
que cresceram devido a votações expressivas de puxadores de votos, como
Tiririca (PR-SP) e Celso Russomanno (PRB-SP), ambos com mais de um milhão de
votos cada.
Por uma decisão acordada entre os líderes, a PEC foi
fatiada por temas, e o fracasso do distritão praticamente enterra por tabela o
chamado fundão — fundo público para financiar as campanhas. Esse seria o
próximo tema a ser votado na noite de ontem, mas a votação do distritão foi o
termômetro que faltava para que os deputados confirmassem que não há apoio
necessário para aprovar matéria tão polêmica.
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