Shirley Araújo de Lima, acusada de mandar matar o
psicanalista João Jorge Filho de 67 anos, assassinado na cidade de Canguaretama
em meio de 2002, vai a júri popular nesta quarta-feira (20). O julgamento será
presidido pela juíza Eliana Alves Marinho, a partir das 8h, no Fórum Miguel
Seabra Fagundes, no bairro de Lagoa Nova, na Zona Sul de Natal.
O crime
No dia 26 de maio de 2002, o caseiro Clodoaldo
Ribeiro matou o médico com um tiro na cabeça. Naquela noite, o médico João
Jorge Filho foi supostamente sequestrado de dentro de casa e assassinado. O
corpo foi encontrado no canavial da comunidade de Vila Flor, no município de
Canguaretama. As investigações apontaram que sua companheira teria sido a
mandante do crime.
Ela teria seduzido o caseiro da residência e
articulado a morte do médico. Segundo a Polícia Civil, o caseiro Clodoaldo
Ribeiro teria sequestrado e matado a vitima por R$ 10 mil, que seriam pagos em
cheque. O acusado confessou o crime e disse que Shirlei foi a mandante. Segundo
ele, a mulher queria ficar com a herança do companheiro.
Na versão de Shirley, ela foi a vítima. Teria sido
sequestrada junto com o marido. Após a morte de João Jorge, Shirley teria sido
encapuzada, jogada nua no porta malas do carro e ficado refém de Clodoaldo por
dois dias. Com os braços presos, ela teria sido estuprada oito vezes e não
teria visto o rosto do acusado. Na época, os filhos da vitima estranharam a
versão de Shirley e começaram a investigar o caso.
Condenado
O caseiro Clodoaldo Ribeiro foi preso na semana do
crime, mas só foi condenado em 2015. Réu confesso, ele pegou 20 anos de prisão
por homicídio qualificado. Já Shirley Araújo, nunca foi presa. Ela responde por
homicídio qualificado, ocultação de cadáver e porte de drogas.
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