Para cortar gastos sem prejudicar os mais pobres,
o governo deveria acabar com a gratuidade do ensino superior. Essa é uma
das sugestões apresentadas no relatório “Um ajuste justo – propostas para
aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, elaborado pelo Banco Mundial.
A ideia é que o governo continue subsidiando os estudantes que
estão entre os 40% mais pobres do
País. Porém, os de renda média e alta poderiam pagar pelo curso depois de
formados. Durante a faculdade, eles acessariam algum tipo de crédito, como o
Fies.
Essa proposta se baseia no fato que 65% dos estudantes das instituições de ensino
superior federais estão na faixa dos 40% mais ricos da população. Como, após
formadas, essas pessoas tendem a ter um aumento de renda, a suspeita dos
técnicos é que a gratuidade “pode
estar perpetuando a desigualdade no País”.
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